domingo, 19 de outubro de 2025

O que falta a Ventura

Presidenciais são terreno para gladiadores e André Ventura veste a armadura de homem forte como tantos outros líderes da nova direita pelo mundo

Rui Calafate

Desenganem-se os incautos muito ágeis a dardejar André Ventura [foto] na noite de domingo, num exercício doentio e pouco decente de vingança do politicamente correto, o líder do Chega está bem vivo e mais forte.

Foto: Manuel de Almeida/Lusa

Foi apenas vítima do excesso de confiança de quem, em apenas seis anos, conseguiu levar um dito ‘partido de um homem só’ a segunda maior força política com 60 deputados. O seu desígnio de 30 câmaras a conquistar era muito optimista por dois motivos.

Em primeiro lugar, ainda não tem estrutura suficiente espalhada pelo território que lhe garantisse bons cabeças-de-lista, conhecidos e respeitados pelas comunidades, em 308 municípios. Depois, a Marca Chega não bastou para empurrar os seus deputados como ganhadores e futuros autarcas. André Ventura ainda teve a habilidade de apelar ao voto útil da direita – nos concelhos em que o Chega podia bater PS e CDU – mas foi infrutífero o seu esforço.

Mas foi um mau resultado? Informo as hienas do politicamente correto que não. Passou de zero câmaras e 18 vereadores em 2021 para 3 e 137 vereadores e ao todo obteve mais de 1900 mandatos na totalidade. Com isso ganha influência local, vai criar gabinetes, o que atrairá mais profissionais qualificados, e assim se cresce estruturalmente. Sem esquecer o futuro, pois o eleitorado jovem está profundamente fidelizado pelo líder e por Rita Matias nas redes sociais.

Um dia, quando aquela Anita do Bloco de Esquerda ganhou a câmara de Salvaterra de Magos (saindo depois por indecente e má figura), aqueles que agora tentaram apedrejar André Ventura quase que a ungiram a nova Santa da Ladeira, entretanto, nunca mais o BE venceu nada nas autárquicas. Portanto, desiludam-se o Chega está a iniciar o seu caminho e também aqui irá crescer.

Le terrorisme comme sacrifice religieux : ce que l’accord Trump a ignoré

En substance, pour le Hamas, le terrorisme est une forme de violence sacrée orientée vers le « sacrifice » des ennemis et des martyrs


Gaïa

Le problème est simple. Le plan en 20 points pour la paix du président Donald Trump repose sur des prémisses manifestement fausses. Même aujourd’hui, alors que les violations commises par le Hamas ne cessent de s’intensifier, les partisans de l’accord refusent de comprendre les motivations profondes du terrorisme arabe palestinien.

En projetant naïvement leur propre vision de l’histoire occidentale sur le Moyen-Orient actuel, ces partisans se sont enfermés dans des schémas explicatifs politiques simplistes. S’accrochant obstinément à des clichés, ils ignorent systématiquement ce qui se passe sous leurs yeux.

En dernière analyse, le terrorisme djihadiste (Hamas, etc.) est une expression du sacrifice religieux. Pour ces criminels (le terrorisme est toujours un crime codifié), la violence contre Israël représente l’accomplissement d’obligations « sacrées ».

Pour les terroristes du Hamas, violence et sacré ne font qu’un. Ils sont logiquement indissociables. Négliger ou méconnaître ce point condamnerait à l’échec tout soi-disant « Conseil de paix ».

L’histoire mérite une place de choix. Auparavant, la politique israélienne soutenait le Hamas contre le Fatah. À cette époque, l’orientation politique du Fatah était exprimée de manière très directe par Othman Abu Gharbiya, vice-président du Bureau national et politique (Al-Hayat Al-Jadida) : « Nous devons toujours être prêts à sacrifier notre sang, comme au début… et comme nous continuerons à le sacrifier. Le Fatah est un mouvement de sacrifice sanglant… Notre peuple a donné une chance au monde, et si le monde ne saisit pas cette chance, la violence et le chaos s’abattront. »

Por que é que a extrema-esquerda gosta de burkas?

Miguel A. Baptista

A esquerda radical acolhe a burka não por ignorância, mas porque ela simboliza o que mais deseja: a erosão moral e cultural do Ocidente. 

A burka, imposta nas versões mais retrógradas e fanáticas do Islão, é um símbolo de violência e humilhação contra as mulheres. 

Ao deixar apenas uma fenda para os olhos, nega à mulher o campo de visão, a expressão e, sobretudo, a identidade. Na nossa cultura, o rosto é a marca da pessoa, o sinal visível da dignidade individual. A burka apaga-o. Transforma o ser humano em sombra. 

Quem a usa dificilmente encontrará emprego, integração ou liberdade. Não é um traje: é uma cela ambulante. Por isso foi, e bem, proibida em boa parte da Europa Ocidental. A burka é um monumento à submissão, uma peça icónica de um mundo em que a mulher é propriedade. Tudo isto parece óbvio, mas, como advertia G.K. Chesterton, “chegará o dia em que teremos de provar ao mundo que a relva é verde”. Pois bem: esse dia chegou. 

E então, porque é que a extrema-esquerda simpatiza com a burka? Porque, para ela, a presença da burka no nosso espaço público é mais do que uma questão de religião: é um símbolo político. Representa, aos seus olhos, o colapso moral do Ocidente, e tudo o que enfraqueça o Ocidente é, por definição, bem-vindo. 

Peine de prison pour avoir critiqué l’islam

La « Palestine » n’est peut-être pas un État, mais l’islam est déjà un « empire » qui s’étend de Milan à Barcelone, et il aimerait également ouvrir les prisons d’Allah aux prêtres


Gally

La condamnation d’un prêtre espagnol pour « discours haineux » a déclenché un débat national sur les limites de l’expression religieuse et de la liberté de conscience en Europe. Custodio Ballester, un prêtre de Barcelone connu pour ses opinions tranchées, a été reconnu coupable la semaine dernière d’avoir tenu des propos « islamophobes » dans un article qu’il avait écrit il y a plus de sept ans.

Ballester a écrit un article intitulé « Le dialogue impossible avec l’islam », dans lequel il affirme que « l’islam radical veut détruire la civilisation chrétienne et raser l’Occident ».

Ballester explique : « Cette réactivation du dialogue entre chrétiens et musulmans, paralysé par les prétendues « indiscrétions » de Benoît XVI, est loin de devenir une réalité. L’islam ne permet pas le dialogue. Pour l’islam, soit vous croyez, soit vous êtes un infidèle qui doit être soumis d’une manière ou d’une autre. Dans les pays où les musulmans détiennent le pouvoir, les chrétiens sont persécutés et tués. De quel type de dialogue parlons-nous ? Les chrétiens en territoire musulman sont tolérés et « protégés », ils sont des dhimmis, c’est-à-dire s’ils paient la jizya, un impôt spécial imposé uniquement aux chrétiens. »

En Afrique, les islamistes imposent la jizya aux communautés chrétiennes : une taxe de 40 dollars.

En Europe, ce sont les magistrats qui imposent la jizya.

Dans les pays islamiques, l’apostasie et le prosélytisme envers toute religion autre que l’islam ne sont pas autorisés et sont sévèrement punis par le code pénal ; aucune nouvelle église n’est construite et les rares qui peuvent exister dans d’anciennes colonies comme le Maroc sont profanées, détruites ou réaffectées. Même notre liberté d’expression et de pensée n’existe pas dans leurs pays, et ici, ils la limitent ouvertement sous le prétexte pervers et insidieux de l’« islamophobie », qui réduit au silence et muselle toute opposition fondée à leur expansion. Nous devons tout accepter sans nous plaindre si nous ne voulons pas être accusés de « racisme ».

Portugal, de novo, nas bocas do mundo, e outra vez pelos piores motivos

Esfaqueamento mortal de turista americano em Cascais levanta debate sobre segurança em Portugal e eventuais consequências para o turismo

Magalhães Afonso

Foto: João Porfírio

Portugal voltou esta semana a ser notícia um pouco por todo o mundo e mais uma vez pelos piores motivos. Depois do acidente do Elevador da Glória em setembro, o esfaqueamento mortal de um turista norte-americano em Cascais na madrugada de quarta-feira – noticiado desde a CNN Internacional ao The Independent – colocou o país sob os holofotes e levantou a discussão sobre a segurança e eventuais consequências para o turismo.

Segundo o Jornal de Notícias, o número de homicídios em Portugal continua a aumentar e já ultrapassou o total registado em todo o ano passado.

Desde janeiro foram assassinadas pelo menos 94 pessoas, segundo dados policiais apurados até à data, o que coloca 2025 entre os anos mais violentos da última década. Em 2024, tinham sido contabilizados 89 homicídios dolosos, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

«Os homicídios geram sempre uma maior preocupação pública e isso é preocupante», afirma Hugo Costeira, especialista em segurança interna, que acrescenta haver «mudanças culturais na criminalidade». Segundo o antigo presidente do Observatório de Segurança Interna, ouvido pela Rádio Observador, «atendendo a uma série de fatores externos nós temos importado tendências mais violentas» e «por isso temos de equacionar que temos entre mãos mudanças culturais na criminalidade». 

Hugo Costeira diz que «há muitas coisas a acontecer que vão influenciar a opinião pública nesta matéria e estas perceções de insegurança acabam por se transportar para o setor turístico», afirmando não interessar «a ninguém que os EUA emitam um alerta de segurança sobre o turismo em Portugal». 

Ciclovia Tim Maia é interditada por conta da ressaca que atinge o litoral do Rio

O Centro de Operações Rio informou que a interdição é temporária e que o mar deve continuar agitado até as 21h desta segunda-feira (20/10)

 Victor Serra

A ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon a São Conrado, segue interditada desde a manhã deste domingo (19/10) por conta da forte ressaca que atinge o litoral carioca desde a noite de sábado. Equipes da Prefeitura foram acionadas para monitorar a região e garantir a segurança de pedestres e ciclistas.

O Centro de Operações Rio informou que a interdição é temporária e que o mar deve continuar agitado até as 21h desta segunda-feira (20/10). A recomendação é evitar a área e redobrar a atenção nos trechos mais próximos ao mar.

Uma frente fria atua sobre o Rio de Janeiro desde o fim de semana, derrubando as temperaturas e trazendo chuva para a região metropolitana. A máxima neste domingo não deve ultrapassar os 21 graus. 

O rato que ruge

Marco Angeli

Apesar de todas as tentativas desesperadas das chacretes da imprensa – e de seu próprio pessoal – para passar pano e distorcer a real situação entre Brasil e EUA, lula parece estar ensandecido por ver seus planos de dominação 'socialista' para a América Latina sendo demolidos.

Mais uma vez, após as celebradas 'conversas produtivas' de Mauro Vieira – que na realidade foram um balde de água fria na maladragem brazuca que quer ignorar de qualquer forma o contexto político da situação – luladasilva volta a atacar Trump, berrando em evento:

“Ninguém vai falar grosso com o Brasil.”

O desespero é evidente, diante da ofensiva dura dos EUA no cerco a maduro e ao narco tráfico, peças-chave na sustentação do Foro de São Paulo, a ferramenta de lula para implantação de seu poder.

Enquanto vê desmoronar a estrutura suja montada e construída durante décadas em parceria com tiranos como castro ou chavez, lula fica cada vez mais isolado, sem saída, numa sinuca de bico sem solução.

Se ceder ao diálogo proposto por Trump, lula será forçado a discutir e explicar a ditadura brasileira que o sustenta, deixando de lado as bravatas e mentiras sobre questões de tarifas.

O que não quer e não pode fazer.

Se se recusa ferozmente – como faz – a dialogar, isola o Brasil burramente e cada vez mais, indo fatalmente em direção a um impasse sem solução como o que levou Cuba ou a Venezuela à miséria há anos.

"Querem segurança? Prendam bandidos de verdade."

Prof. Claudio Branchieri

Comprei morango na sinaleira e paguei no Pix. Vida real: trabalhador vendendo, consumidor comprando, economia girando. Mas agora cada R$ movimentado vira dado na prancheta do Leviatã digital. Não é “imposto do Pix”; é algo pior: é usar a vida financeira de cidadãos comuns para te vigiar e te multar. 

A manicure, o pedreiro e a vendedora de morango viram “alvo” do mesmo radar que dizem usar contra o crime. O discurso promete pegar megaesquema com offshore; a prática mira quem não emite nota porque está tentando sobreviver. Fintechs deram liberdade ao povo; o sistema responde com demonização e ameaça de cruzamento de dados. 

Querem segurança? Prendam bandidos de verdade. Deixem quem trabalha em paz. O recado é claro: no Brasil de hoje, o pecado não é ser bandido — é ousar ser independente do governo.

Texto e Vídeo: Prof. Claudio Branchieri, X, 18-10-2025, 13h07

[Discos pedidos] Francesinhas (III)

Onde é? Qual o nome? 😉


[Antigamente] Caneco 70


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Imagem e Som 
A preto e branco 
Mui amigo 
Cigarros 
Quais dessas moedas você já utilizou? 

[As danações de Carina] Escolhas

Carina Bratt

HOJE, DONA NENÊ aos 78 anos, sentada nos pés da cama meio capenga, o colchão sujo, coberto por um lençol enegrecido pela falta de limpeza, olha longamente para o teto da sua casa como quem procura respostas em algumas das muitas rachaduras. Não há filhos correndo pelos corredores, nem os gritos dos netos lhe pedindo atenção, ou os mais traquinas desenhando figuras no chão e nas paredes com pedaços de giz do tempo em que era professora. Não há casa própria. Apenas um barraco entre tantos outros numa favela sem nome de rua e sem um número no portão de entrada que possa indicar aos passantes, que ali é o seu lar. 

Em contrapartida, há exames pendentes jogados numa cestinha de vime ao lado de um criado mudo próximo à janela. Persistem dores estranhas que não se explicam, e talvez, ‘para ontem’, uma internação à vista, sem acompanhante, sem alguém para segurar a sua mão, se por qualquer motivo precisar deixar o mundo dos vivos. Ela pensa nas escolhas. Pensa muito. Sempre pensa nas malditas escolhas. Ou melhor, rumina lentamente nas ‘não-escolhas’. Nos ‘depois eu vejo’, nos ‘não agora’, nos ‘não sei o que fazer’. Foram tantas vezes em que a vida pediu uma decisão e ela respondeu com silêncio.

E o silêncio, a mudez desses instantes, ela descobriu tarde, também, obviamente por algum motivo que não lembra, mas na verdade, foi uma porcaria de uma escolha. Dona Nenê se quedou em permanecer em relações que não a viam.  Empregos os mais diversificados que pagavam pouco e exigiam muito. Escolheu não pedir ajuda aos vizinhos mais próximos, e o fez por orgulho ou por vergonha e medo. Vai se saber, nessa altura do campeonato! Decidiu não cuidar da saúde, porque sempre havia algo mais urgente. E por ser urgente, achou melhor deixar para outro dia. ‘Talvez amanhã eu acorde mais disposta’. Mas hoje, aos 78 anos, com o corpo pedindo socorro e o coração com um punhado de pontos de interrogações, ela entende que ainda há tempo.

Que mesmo sem o carinho necessário dos filhos, sem a ternura contagiante dos netos, sem a paz acolhedora de uma casa para chamar de sua, e sem companhia para bater papo, há algo que ninguém pode tirar dela: e o que é? A chance de escolher diferente. Dona Nenê, num dado momento, respira fundo. Talvez amanhã (Oxeeeeee!) marque os exames. Talvez depois procure um abrigo, uma conversa, um gesto de cuidado. Talvez, no sábado, ligue para seus filhos e peça que tragam os netos, ou talvez, no pior dos mundos, escreva uma carta para si mesma, dizendo: ‘Nenê, sua abestalhada, você merece mais do que o que aceitou até aqui.’

sábado, 18 de outubro de 2025

17-10-2025: Oeste sem filtro – Moraes manda PF explicar suposta viagem de Filipe Martins aos EUA + Lula reitera simpatia pelo ditador da Venezuela

[Versos de través] Um Deus + A Liberdade

Joel Henriques

Um Deus

Poderia ser alguém que faz chover, 
Mas sou um ser humano, não um deus
E perdi os sinais que eram seus
Com o próprio mistério do ser.

Espírito caído por reler
A vasta condição dos himeneus,
Larguei os universos antes meus
Sem me caber o céu ou rir sequer.

Sofri com a descrença do verão,
Depressa me levou o brando dom
Que depois não ficou para ninguém.

Agora em pleno rio sempre vão
Acerto a palavra com o tom
E vejo nesta terra a minha mãe. 

A Liberdade

O mar, a terra, a flor e a estrela.
A casa, a noite, as aves, a palavra.
O Sol interior, um deus que lavra
E a benção da chuva me desvela.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

É preciso ter muita lata para vir para Portugal ofender em direto um deputado

A esquerda que grita ao passado e se cala no presente

Miguel A. Baptista

A esquerda gosta de carregar a dor da escravidão que os povos africanos sofreram. Carrega-a com fervor moral, como se fosse sua, como se o passado se purificasse à força de indignação retroativa. Essa dor, legítima, sem dúvida, nada devolve a quem foi escravizado. E, no Ocidente, a escravatura acabou há mais de século e meio. 

Convém recordar um detalhe que raramente entra nos manuais de virtude progressista: a esquerda teve pouco, muito pouco, protagonismo no abolicionismo. Os verdadeiros motores da abolição foram cristãos, evangélicos anglicanos, metodistas e quakers, que viam no ser humano um filho de Deus, único e irrepetível. Para eles, a escravatura era incompatível com a dignidade humana. 

Pois bem, os que hoje gritam contra a História são muitas vezes os mesmos que se calam, ou alinham, perante os ultrajes do presente. São cúmplices, por ação ou omissão, da opressão imposta às mulheres por fações islâmicas retrógradas que as confinam à sombra e lhes negam o direito de existir no espaço público. 

Hoje, ao votar contra a proibição da burka, a esquerda escolheu, consciente ou dissimuladamente. ficar do lado errado da História. Votou contra a dignidade e a favor da submissão. 

Shame on them. 

Título e Texto: Miguel A. Baptista, Corta-fitas, 17-10-2025

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Parlamento português aprova proibição do uso de burca em espaços públicos

Mais de 15 anos após falência, Varig está no centro de uma batalha bilionária

União, fundo de pensão Aerus e BTG Pactual disputam o destino de R$ 3 bilhões da antiga gigante da aviação brasileira

Rikardy Tooge


O destino final da Varig chegou em 20 de agosto 2010, com a decretação de sua falência, encerrando uma trajetória de quase 80 anos daquela que foi uma das principais companhias aéreas do país. Só que, mais de 15 depois, o que restou do seu patrimônio ainda movimenta uma batalha bilionária entre a União, o fundo de pensão Aerus e um veículo de investimento ligado ao BTG Pactual, apurou o Invest News.

Em disputa está um saldo de cerca de R$ 3 bilhões remanescente de um precatório de R$ 4,7 bilhões, que foi pago pela União em julho deste ano à massa falida da Varig. Precatório é uma ordem de pagamento emitida pelo Judiciário quando o Estado (União, Estado, Município ou autarquia) perde uma ação definitiva e não há mais possibilidade de recurso.

O embate ganhou força em agosto, quando o Aerus, entidade que administra as aposentadorias dos ex-funcionários, e um fundo administrado pelo BTG foram à Justiça para tentar acessar os recursos. A União, por sua vez, defende que o dinheiro permaneça bloqueado até a conclusão de outras ações judiciais relacionadas à falência.

Uma decisão recente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou a divisão dos cerca de R$ 3 bilhões que devem entrar no caixa da massa falida da Varig entre os credores com garantia real — aqueles que têm créditos respaldados por bens ou garantias formais da companhia. Apesar do resultado favorável, os recursos ainda não foram liberados.

Hoje, os dois principais credores dessa categoria são o Aerus e o FIDC Precatórios Brasil, fundo gerido pelo BTG Pactual e representado pela securitizadora Travessia. O Aerus é o maior credor, com crédito original de cerca de R$ 2,6 bilhões — valor que, corrigido, pode ultrapassar R$ 5 bilhões. O fundo ligado ao BTG, por sua vez, tem um crédito reconhecido em torno de R$ 141 milhões, adquirido de uma subsidiária do Banco do Brasil.

A decisão da Justiça fluminense contrariou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que recorreu para tentar manter o bloqueio dos valores até o julgamento de uma ação que discute a o pagamento de dívidas tributárias da antiga Varig — estima-se que a União tenha mais de R$ 10 bilhões em impostos a receber da empresa. O órgão sustenta ainda que o dinheiro não integra definitivamente o patrimônio da massa falida.

The Next Putin-Trump Meeting Might Lead To Something Tangible This Time Around

Andrew Korybko 

The geostrategic context of newfound pressure upon each, their increased bilateral tensions, and rising fears that false flag provocations in Europe could manipulate them into war with one another make it likely that their planned Budapest Summit will be more successful than the Anchorage one

The next Putin-Trump meeting will soon take place in Budapest. Prior to their last one in Anchorage, the vision that they were working towards was a resource-centric strategic partnership that could then become a steppingstone towards a more comprehensive one in the future. For that to happen, either Putin had to freeze the frontlines or Trump had to coerce Zelensky into withdrawing from Donbass, but neither could agree to what was requested of them so their New Détente went nowhere.

Even worse, the Europeans then became serious obstacles to peace, even going as far as teaming up with the Brits and Zelensky to propose dangerous “security guarantees” that riled Russia. Trump ramped up his rhetoric against Putin afterwards, arguably due to him being manipulated by Lindsey Graham and Zelensky, thus culminating in the latest talk about sending Tomahawks to Ukraine. It was within this tense context that they talked again, right before Zelensky’s trip to DC, and agreed to meet in Budapest.

Each side is also coming under a lot of newfound pressure nowadays that conceivably influenced their latest call and plans to meet. From Russia’s side, the new TRIPP corridor will inject Western influence along Russia’s southern flank via NATO member Turkiye (despite Russia’s thaw with Azerbaijan), Poland is reviving its long-lost Great Power status along Russia’s western flank, and Russia’s Foreign Intelligence Service (SVR) revealed last month that French and UK troops are already in Ukraine’s Odessa Region.

"Bolsonaro destruiu o Brasil"

16-10-2025: Oeste sem filtro – Marco Rubio recebe Mauro Vieira para tratar do Tarifaço + Parlamentares de esquerda blindam o irmão de Lula na CPMI da roubalheira do INSS + PGR inventa nova perseguição contra Bolsonaro + Gilmar Mendes ataca Luiz Fux

[Aparecido rasga o verbo] O milagre do fogão

Aparecido Raimundo de Souza

O SILVA GANHOU um fogão praticamente novo da Comunidade religiosa onde frequentava. De posse dele, os irmãos da confraria o ajudaram a colocar o presente em suas costas. Colado nele, com muito custo, o rapaz saiu com a carga seguindo seu destino. Os primeiros passos num andar meio devagar, quase parando. Apesar do desconforto, seguiu capengando, tentando se equilibrar daqui e dali se ajeitando meio que aos trancos e barrancos. Vez em quando, dava umas paradinhas básicas para descansar. E foi ganhando terreno. Nesse para aqui e acolá, andou mais ou menos um quilômetro e meio.

Para despistar as pessoas que certamente o veriam como um suposto ladrão, o infeliz entrou numa rua, se embrenhou por um beco, saiu numa travessa sem muito movimento. Tudo assim, contando com a sorte, na cara dura, como se carregar no lombo um fogão pelas ruas do bairro às sete horas da noite fosse a coisa mais natural do mundo. Logo à frente, ao galgar uma avenida intermediária mais movimentada que as demais, uma viatura da militar o interceptou.

Quatro policias saíram às carreiras, empunhando suas armas e gritando de modo exasperado:
— Deita no chão, mãos na cabeça...
O coitado do Silva, assustado e sem saída, combaliu as pernas afrouxando o suor e o medo escorregou até a base dos sapatos:
— Como?
— Deita, deita, deita... não discute, deita...

Apavorado e tremelicando pior que caniço em ventania, ao tentar colocar o eletrodoméstico na calçada, se desequilibrou. O aparelho, foi com tudo fazendo um estardalhaço dos diabos, se espatifando no meio fio rente à rua. A tampa de vidro se partiu, os queimadores saíram rolando, o mesmo acontecendo com outras peças internas.
— Meu Deus, — gritou — e agora?
O policial se aproximou, arma em punho:
— Ta indo pra onde?
— Pra casa, senhor...
— Mora em que lugar?
— Na rua do Saco...
— Que saco?

— Ali no morro Cara do Cavalo Bombadão.
— E esse Brastemp?
— Que isso, senhor?
— A marca do fogão, sua besta.
— Ah, eu ganhei...
— Cadê a prova?
— Que prova?
— A prova de que realmente não roubou de alguma loja... ou da invasão de alguma residência aqui pelas redondezas...

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

[Fotografando por aí] Ponte Velha da Vila de Lavre



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Reguengo, Alentejo 
No Galeão 
Massamá-Barcarena 
A flor 
Florzinhas primaveris 
Vida à Portuguesa

[Daqui e Dali] A decadência da civilização

Humberto Pinho da Silva

Disse no final do século XX, na conferência que realizou na Fundação do Século XXI, Agustina Bessa-Luís [foto]: "Estamos a entrar num século vazio de culpa, naturalmente esterilizado, a ponto de a piedade ser abolida." Não só a piedade, mas também a Moral e a Educação. 

Não sou leitor assíduo de Fernando Pessoa, embora lhe reconheça valor. Mas não concordo com muitas das suas incongruências, alucinações e patológicas maneiras de ser e de se exprimir

Todavia, parece-me que alguns dos seus versos são indignos de aparecer em seletas escolares, como foi o caso do "Encontro", destinado a alunos do 12º ano, em que foram substituídos por tracejados versos de linguagem inapropriada.

Diziam o seguinte: “Os automóveis apinhados de pândegos e de putas", "E cujas filhas de oito anos - e eu acho isto belo e amo”, "Masturbam homens de aspeto decente, nos vãos de escadas" - segundo noticia publicada no "Jornal de Notícias", de 15 de janeiro de 2019, pág. 7.

Só a decadência a que chegamos é que permite a publicação de poemas desses, em seletas escolares!

Certo é que os versos foram substituídos por tracejados, mas, por isso mesmo, despertam ainda mais a curiosidade dos jovens.

O que acabam de ler serve perfeitamente para se avaliar, não só o que dão a ler aos nossos jovens, mas para se verificar o nível moral a que se chegou!