quinta-feira, 17 de outubro de 2024

[Daqui e Dali] A honestidade de um político

Humberto Pinho da Silva

Manuel José Bragança Tender, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina do Porto, é militante do Partido Socialista.

Acompanhado por correligionários, desloca-se a Trás-os-Montes para, em comícios, defender a ideologia socialista e a vantagem de votar em candidatos do seu partido.

Mas Bragança Tender é político honesto, honrado e reconhece o valor dos antagonistas e, sobretudo, respeita os que na política servem a nação e não seus interesses.

Chegado a Carrazeda de Ansiães, como educado que sempre foi, cumprimenta o Presidente da Câmara e debate ideias sobre o concelho e política nacional.

O Presidente, que é do CDS, acolhe-o afavelmente, e conta-lhe o que tem feito a bem do concelho.

Bragança Tender escuta-o atentamente e disse-lhe no final: "Admiro o trabalho, só lamento que favoreça os seus correligionários..."

O Presidente, delicadamente, nada diz. Chama os Chefes de Serviço, e pede-lhes para falarem sobre seus pelouros. No final, o Presidente volta-se para o Professor e remata: "Destes que ouviu, só um é do meu partido. Porque pretendo, junto de mim, os melhores."

Só fraude ou balas tiram Trump da presidência


Walter Biancardine

O período pós-Segunda Grande Guerra impôs ao mundo a preponderância cultural, econômica, comercial e industrial dos Estados Unidos, despertando na maior parte do lado ocidental a admiração e desejos de também viver, em seus países, a prosperidade do American Way of Life.

Se este domínio nos permitiu, por um lado, desfrutar de passeios em enormes e luxuosos Cadillacs conversíveis, dançarmos ao som de Johnny Mathis, aplaudirmos John Wayne e enchermos nossas casas de eletrodomésticos os mais variados, televisores inclusos, por outro a subsistência desta prevalência – bastante diminuída, é verdade – hoje nos ameaça devido às mais velhas razões da queda de impérios, aparentemente eternos: a corrosão interna.

A antiga Roma não foi derrubada, mas caiu de podre graças aos desvarios e relaxamentos de seus imperadores; não há outra razão que mais empurre os Estados Unidos em direção à ruína que homens como Bill (e Hillary) Clinton, Barack Obama e toda sua grande mídia cúmplice, aliada à poderosa indústria musical e cinematográfica do país. Tal afirmativa certamente não provocará espanto ao leitor, uma vez que o mesmo processo se dá atualmente na Igreja Católica, seriamente ameaçada de implosão por Cardeais, Bispos e até Papas, mais dedicados à devoções ideológicas que ao Deus Todo-Poderoso.

No caso norte-americano, a pestilência interna prontamente espalhou-se pelo mundo, contaminando as Américas e mesmo a Europa, através do hipnotismo gramsciano de filmes, músicas e até games, secundados por desastrosas políticas externas ianques.

Uma vez demolidos valores morais e religiosos, o passo seguinte é a contaminação das instituições – algo obtido com tamanho sucesso no Brasil que, infelizmente, meu país pode ser citado como verdadeiro case history deste processo.

Zelensky’s Unrealistic “Victory Plan” Is Driven By One Of Two Ulterior Motives

Andrew Korybko 

He’s either hinting at what he wants after “escalating to de-escalate” in the near future or sowing the seeds for a “stab-in-the-back” theory.  

Zelensky finally presented the first five parts of his much-ballyhooed “Victory Plan” to the Rada on Wednesday while still keeping three of them secret per his own admission. Readers can review his full speech here and Reuters’ concise summary here. Upon doing either, they’ll see that it’s unrealistic due to Ukraine demanding: an invitation to join NATO; the joint interception of Russian missiles; and hosting “a comprehensive non-nuclear strategic deterrence package” on its soil, among several other demands.

All three are non-starters for NATO since the bloc doesn’t want to get directly involved in this proxy war, which its comparatively more pragmatic policymakers who still call the shots fear could easily spiral out of control into World War III, hence why nothing of the sort has happened yet. That’s not to say that their hawkish rivals stand no chance of changing that, and some are speculatively working behind their governments’ backs to this end, but just that Zelensky won’t get what he wants unless that happens.

The abovementioned calculations will likely remain constant seeing as how they’ve been in place for over two and a half years so far, which he’s keenly aware of, thus raising the question of what he sought to achieve by making such demands from his partners that have already been rejected. The argument can be made that he was driven by one of two ulterior motives: hint at what he wants after possibly “escalating to de-escalate” in the near future or sow the seeds for a “stab-in-the-back” theory.

The US Fears An Uncontrollable Escalation Sequence With Russia Much More Than With Iran

Andrew Korybko 

Non-nuclear Iran is incapable of existentially threatening the US like nuclear-armed Russia could

Politico cited a senior Senate aid and two sources in the Biden Administration to report on Wednesday that the US is much more afraid of an uncontrollable escalation sequence with Russia than with Iran due to the first’s nuclear capabilities. As proof of this, the US has no qualms about shooting down Iranian missiles launched against Israel but won’t consider shooting down Russian ones launched against Ukraine, which has upset Zelensky and some of his compatriots who thus feel like second-class allies.

The difference between Russia/Ukraine and Iran/Israel in this regard accounts for the US’ different approach towards each pair. As was explained last month in this analysis about why “Putin Explicitly Confirmed What Was Already Self-Evident About Russia’s Nuclear Doctrine”, the comparatively more pragmatic policymakers who still have the final say in Russia and the US have thus far managed to avoid the uncontrollable escalation sequence that their respective hawkish rivals want. Here’s how they did it:

“[The US hawks’] comparatively more pragmatic rivals who still call the shots always signal their escalatory intentions far in advance so that Russia could prepare itself and thus be less likely to ‘overreact’ in some way that risks World War III. Likewise, Russia continues restraining itself from replicating the US’ ‘shock-and-awe’ campaign in order to reduce the likelihood of the West ‘overreacting’ by directly intervening in the conflict to salvage their geopolitical project and thus risking World War III.

It can only be speculated whether this interplay is due to each’s permanent military, intelligence, and diplomatic bureaucracies (‘deep state’) behaving responsibly on their own considering the enormity of what’s at stake or if it’s the result of a ‘gentlemen’s agreement’. Whatever the truth may be, the aforesaid model accounts for the unexpected moves or lack thereof from each, which are the US correspondingly telegraphing its escalatory intentions and Russia never seriously escalating in kind.”

Em um artigo extenso, o NYT surpreendentemente apresenta uma análise crítica ao Supremo, explicando ao público americano o nível de autoritarismo que a Corte alcançou

Leandro Ruschel


O artigo aborda a prisão do deputado Daniel Silveira, o perdão presidencial recebido por ele e sua anulação pelo Supremo, resultando em seu retorno à prisão.

"O caso de Daniel Silveira demonstra o cerne da crítica às ações mais recentes do Supremo: há momentos em que a Corte tem sido a vítima, investigadora e juíza, tudo ao mesmo tempo. Os Ministros discordam, disseram que a vítima no caso é a democracia, e não eles, os ministros."

O texto também explica a origem dos superpoderes autoatribuídos aos ministros:

"No começo de 2019, reportagens na imprensa sugeriram que a enorme operação anticorrupção Lava Jato estava começando a investigar alguns ministros, inclusive o presidente do Supremo na época, o ministro Dias Toffoli.

Ele repudiou veementemente matérias que alegavam que o Supremo estava tentando sufocar a investigação. “Atacar a cada um de nós já é um ataque a todos” o ministro disse a seus colegas na Corte em 2019. “A calúnia, a difamação, a injúria não serão admitidos”.

Quando a revista mais tarde produziu evidências mostrando que a reportagem era precisa, ele permitiu que fosse republicada.

Guarda Municipal pede lanches de graça na Lapa e ameaça remover barraca

Vendedor ambulante filmou ação de agente; corporação afastou envolvidos

O Dia

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um guarda municipal pedindo lanches de graça a um vendedor ambulante, por volta das 4h da segunda-feira (14), nos Arcos da Lapa, região central do Rio.

Nas imagens, o agente aparece sem a farda completa, vestindo apenas a calça e o sapato do uniforme. Segundo o vendedor Johnny Melo, o guarda desceu da viatura e pediu três sanduíches e três refrigerantes para outros dois agentes que estavam no carro.

Questionado pelo vendedor sobre a forma de pagamento, o agente afirma: "Não, é para os amigos aqui." Após ter o pedido negado, o agente disse que voltaria para remover a barraca do local.

Ainda segundo Johny, os mesmos agentes já foram vistos outras vezes no mesmo lugar pedindo cerveja a outros ambulantes.

Vasco não vence há 7 jogos

Com uma atuação desastrosa contra o São Paulo e mais uma derrota na temporada, o Vasco da Gama não vence há 7 jogos

Aniele Lacerda

Próximo de um confronto decisivo, o Vasco da Gama amarga um jejum sem vitórias na temporada, 7 jogos. Na noite desta quarta-feira (16), após mais uma péssima atuação, o Gigante da Colina saiu derrotado diante do São Paulo pelo placar de 3×0.

O revés em Campinas marcou a sétima partida do Vasco da Gama sem conquistar um resultado positivo. Antes da pausa da Data Fifa, a equipe de Rafael Paiva perdeu para o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, e ficou no empate com o Juventude, em São Januário. O último triunfo foi contra o Vitória, em 1º de setembro, no Barradão.

Invicto no mês de agosto, o Vasco não conseguiu manter o mesmo desempenho e coleciona péssimas atuações. Contra o São Paulo, a equipe teve sua pior apresentação em campo desde que Rafael Paiva assumiu o comando.

Samu faz 'poker' e Espanha delira: "Sub-21 já começa a ser demasiado pequeno"

O avançado do FC Porto esteve em destaque pela 'rojita' ao marcar quatro golos no desafio diante de Malta

A exibição de Samu Omorodion na partida desta terça-feira da seleção sub-21 espanhola contra a congênere de Malta, foi alvo de muitos e rasgados elogios por parte da imprensa desportiva do país vizinho. O avançado marcou quatro golos na primeira parte do encontro, que terminou com uma goleada da 'rojita' por 6-0.

De "furacão" a "intratável", entre outros epítetos, em Espanha todos parecem estar de acordo que Samu já merece uma chamada à seleção principal.

Marca

"A Seleção de Sub-21 fica pequena para Samu"

"A sua superioridade física em relação aos defesas de Malta era avassaladora e, antes do árbitro apitar para o final dos primeiros 45 minutos, o talentoso Samu já tinha assinado um 'póquer'. Três desses golos foram marcados num espaço de nove minutos.

"Um jogador que já está habituado a marcar golos na liga portuguesa e para quem a categoria Sub-21 já começa a ser demasiado pequena. Com esta exibição, está a bater com força à porta de De la Fuente [selecionador da seleção A de Espanha]"

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[Viagens & Destinos] De Copacabana ao Parque Madureira


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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Pasquim semanal de esquerda ataca Donald Trump

Criança de 9 anos invade hospital veterinário no Paraná e mata 23 animais

A ação durou cerca de 40 minutos; câmeras de segurança flagraram o momento em que o garoto entra no local


O Dia

Uma criança de 9 anos pulou o muro de um hospital veterinário da cidade de Nova Fátima, norte do Paraná, e matou 23 animais, chocando moradores da região. Relatos de funcionários indicam que ela havia visitado o local um dia antes de cometer o crime.

Câmeras de segurança flagraram o momento que o garoto invade o espaço, que é uma área de fazenda onde os bichos ficavam, e os ataca. A ação durou cerca de 40 minutos. A proprietária do estabelecimento acionou a Polícia Militar depois que encontrou mais de 15 coelhos mortos. Alguns deles foram arremessados contra a parede e tiveram membros esquartejados.

Será que vão conseguir?

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[Quadro da Quarta] A batalha de Lexington

The Battle of Lexington Green (19 April 1775), the first part of the Battles of Lexington and Concord, which kicked off the American Revolutionary War (1775-1783), oil on canvas by William Barnes Wollen, 1910. National Army Museum of London, England.

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Café Nicola, Lisboa 
Madison Square Garden 
Les Muses (Dans le parc) 
Cabeça de cavalo branco

terça-feira, 15 de outubro de 2024

[Livros & Leituras) Revistas


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Rússia Versus Ucrânia – Nacionalismo Versus Globalismo – Factos Versus Propaganda 
L’Intranquile Monsieur Pessoa 
OMERTA 
[Livros & Leituras] A ler 
Front Populaire, nº 18 
Três homens num barco 

Inspirado em Las Vegas e Paris, Cine Roxy reabrirá nesta sexta; ingresso mais barato custará R$ 580

Para a reabertura, foram investidos mais de 65 milhões de reais

Victor Serra

Está quase tudo pronto! Com 86 anos recém-completados em setembro, o Cine Roxy, inaugurado em 1938, está prestes a dar o fôlego que Copacabana precisava. O estabelecimento, muito querido pelos moradores, é um medalhão do bairro.

 Está em processo de revitalização desde 2022 e promete reintroduzir o charme e a energia das casas de show na “princesinha do mar”. A partir desta sexta-feira (18/10), o espaço reabrirá sob nova administração, e com nome adaptado – agora como Roxy Dinner Show – dando início a um calendário repleto de atrações.

O Roxy, que permaneceu fechado desde a pandemia, já foi o maior cinema do Brasil e um dos últimos cinemas de rua do bairro. Em 2021, o imóvel foi colocado à venda por 30 milhões de reais. Reconhecido pela Prefeitura do Rio como um “marco referencial na cultura cinematográfica da cidade”, o grupo Severiano Ribeiro alugou o espaço para o empresário Alexandre Accioly, um dos principais nomes da indústria do entretenimento carioca, conhecido por sua atuação no QualistageNoites Cariocas, na rede de academias Bodytech, e como sócio-investidor em diversos restaurantes. Para a reabertura, foram investidos mais de 65 milhões de reais.

A nova concepção do cinema transforma o local em um espaço de “dinner show”, onde o público poderá desfrutar de um jantar antes de assistir a um espetáculo. A configuração será capaz de acomodar até 700 pessoas, sendo 580 na plateia, organizadas em 70 mesas com poltronas, e 120 no mezanino, que também poderá ser utilizado para eventos corporativos. A estrutura do prédio foi completamente reforçada para suportar as toneladas de equipamentos necessários para a nova casa de espetáculo.

[Aparecido rasga o verbo] Ecos de um silêncio que não dava trégua

Aparecido Raimundo de Souza

TATIANA SEMPRE amou a música. De paixão. Era a sua vida, o seu objetivo, o seu agora, e, igualmente, o seu porvindouro. Desde pequena, ainda na faixa dos cinco para seis anos, as notas de um piano ou a melodia suave de um órgão nas missas dominicais do padre Daniel a encantavam e acalmavam o seu espírito inquieto, notadamente quando se deparava com as partituras (ainda que de uma simples melopeia.) Sua paixão avassaladora pelos hinos, e pelas canções românticas se fazia como um trilho paralelo. Uma disposição anímica, um escape no meio do cotidiano efervescente, e uma forma direta de comunicação, tipo assim, como algo soberbo que se estendia além, muito aquém das palavras. No entanto, com o passar dos anos, algo que deveria ser uma fonte de alegria e esperança, se tornou um tremendo campo de batalha emocional, como uma arena imensa onde a frustração e o ressentimento se assarapantaram juntamente com as obras que costumava executar.

O pai de Tatiana, o Chico Marreta, sempre foi um homem de grandes expectativas. Para ele não havia limites. Com o sucesso profissional açambarcado pela sua eterna criança, ele transferiu as suas edacidades todas para ela, esperando que a jovem musicista fosse uma ensancha sofreguida de seus próprios devaneios e conquistas. Em razão disso, uma tara esfaimada e gulosa, quase as raias do pantagruélico em ver a Tatiana nos píncaros das estrelas, se consubstanciava numa única essência, como um reflexo do desejo de brilhar e superar a si próprio, ou qualquer coisa que ele mesmo trazia escondido a sete chaves dentro de si. Contudo, na busca galopante por realizações pessoais, ele se descuidou, ou seja, deixou de lado algo que deveria ser primordial: o respeito, a consideração, a deferência e a cortesia pela vontade e pelos sentimentos de sua única descendente. Tatiana, no início, tentou corresponder às expectativas do pai.

De todas as maneiras possíveis e imagináveis. Ela se dedicou, de corpo e alma e com profundo afinco, ao treinando incansável, buscando em cada aula, em cada audição, a aprovação que sabia ser a chave para o coração de Chico Marreta. Mas o que começou como uma busca por amor e aceitação, logo se transformou em um peso traiçoeiro e esmagador. As sinfonias, que antes representavam seu refúgio, a sua vida, seus sonhos e aspirações, passaram a ser uma fonte constante de pressão e dor à farta. Por assim, cada concerto, cada ensaio, cada encontro, se tornava uma espécie catastrófica de obrigação e não mais uma alegria inebriante. O ponto de ruptura culminou. Aconteceu exatamente durante um recital importante no Teatro Municipal no Rio de Janeiro. Chico Marreta, como de costume, se fazia pomposo na plateia lotada, observando atentamente e com os olhos arregalados, não de um pai carinhoso e dócil, de um crítico intransigente.

Vereador reeleito de Magé é baleado pela própria mulher

Leonardo Freitas Bittencourt, 45 anos, usou as redes sociais para dizer que foi um 'acidente'

O Dia

O vereador reeleito de Magé, na Baixada Fluminense, Leonardo Freitas Bittencourt, de 45 anos, foi baleado acidentalmente por sua mulher, Raquel Rocha, no domingo (13). Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Fragoso. Segundo a assessoria da unidade de saúde, às 22h25, ele deixou o local sem autorização médica.

Em uma nota publicada em suas redes sociais, o vereador relatou o ocorrido como um terrível acidente. Ele agradeceu o apoio da população e pediu orações pela família: "Foi um terrível acidente. Não acusem sem conhecer os fatos e peço que respeitem a privacidade da minha família. Estamos todos bem, mas abalados psicologicamente pelo que aconteceu. E, para deixar claro: foi um acidente".

Segundo o comando do 34º BPM (Magé), os policiais foram acionados para atender um homem ferido por disparo de arma de fogo. No local, Leonardo informou aos militares que sua esposa foi autora do disparo e indicou o local que ela estava. 

Treinador entrega cargo após jogadores desrespeitarem ordem de pênalti

Leandro Romagnoli se demitiu do San Lorenzo, da Argentina

O Dia

O técnico Leandro Romagnoli [foto] se demitiu do San Lorenzo, da Argentina, nesta segunda-feira (14). O treinador decidiu entregar o cargo após os jogadores desrespeitarem a ordem de pênaltis da equipe. No empate com o Godoy Cruz, no sábado (12), pelo Campeonato Argentino, Francisco Fydriszewski desperdiçou uma cobrança nos últimos minutos. 

"Estou muito irritado. Tivemos um pênalti no fim e não marcamos. Poderíamos ter ficado com os três pontos que precisávamos muito. E saímos daqui com um, com sabor amargo. Joguei 20 anos e deixei um jogador designado. Era o Iker Muniain. Mas no campo decidiram que era ele (Fydriszewski) que cobraria. Se soubesse que ele cobraria, diria para não fazer isso", disse o treinador.

O San Lorenzo figura entre os últimos colocados do Campeonato Argentino. Em 24º lugar, a tradicional equipe argentina teve a chance de vencer o Godoy Cruz, fora de casa, mas o pênalti desperdiçado por Francisco Fydriszewski custou a vitória. Iker Munian, que estava em campo, deveria ser o responsável pela cobrança. Romagnoli ficou enfurecido com a situação.

Leandro Romagnoli é ex-jogador de futebol e fez história com a camisa do San Lorenzo. Ele disputou 377 jogos pelo clube e marcou seu nome com a conquista de três títulos continentais: Libertadores, Copa Sul-Americana e Copa Mercosul.

Título e Texto: Redação, O Dia, 14-10-2024, 12h21 

14-10-2024: Oeste sem filtro – Pacheco entra em campo para blindar o STF + “Vai roubar a santa!”

[Livros & Leituras] Rússia Versus Ucrânia – Nacionalismo Versus Globalismo – Factos Versus Propaganda

M. Jorge C. Castela, Edição do Autor, abril 2024, 1 292 páginas. 

Esta obra é o resultado de uma reflexão que o autor encetou, depois de mais de dois anos de investigação e pesquisas, visando encontrar respostas para algumas questões que se foram colocando no panorama geopolítico e geoestratégico, após os acontecimentos desencadeados a 24 de fevereiro de 2022, na sequência de um conflito que se ia avolumando desde o Golpe de Estado “(Euro-)Maidan”, em 2014. A saber:

1. Se a Federação Russa, como é cada vez mais provável, alcançar os seus objetivos no conflito que a opõe ao regime de Kiev, será que a NATO, os EUA e a "união europeia" vão manter os convites (e compromissos) de “adesão da Ucrânia”? E como vão reagir os seus cidadãos, eleitores-contribuintes – confrontados com a hipocrisia dos seus governos, nos “milagres”, medidos em milhares de milhões de euros e dólares, prestados e enterrados na Ucrânia –, nos sufrágios decisivos que vão ter lugar em 2024?

2. Optará a NATO, e o Politburo de Bruxelas, por enviar "boots on the ground", para “derrotar a Rússia”?

3. Será que a narrativa ocidental sobre a guerra na Ucrânia tem algum fundamento? Se assim fosse, quiçá, então, as “políticas ocidentais” poderiam fazer sentido, mesmo que implicassem algum risco de conflito nuclear? Porém, e se esta ficcionada narrativa estiver errada?

4. Se assim for, o “ocidente” estará a basear as suas próprias “decisões existenciais” em premissas falsas? Ou, um compromisso negociado sem qualquer substrato, que poupasse as vidas de combatentes e de civis e, ao mesmo tempo, reduzisse um risco nuclear, representaria um apaziguamento? Seria uma necessidade prática, até mesmo uma obrigação moral? De quem?

Estas perguntas são bem atuais e exigem uma profunda reflexão por parte do leitor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O jornalismo a que temos direito

João Távora


Não me espantou muito, ontem no noticiário das 13h da rádio Observador, ouvir uma curta reportagem de uma manifestação em Madrid pelo direito à habitação, que incluía um testemunho de uma Mortágua lá do sítio, apresentando soluções simples para aquele problema complexo, à boa maneira de um qualquer partido populista ou revolucionário “contra os interesses dos bancos, das grandes empresas e dos rentistas”.

Fadados a suportar por cá as nossas mortáguas e similares, como se isso não bastasse, a Rádio Observador presenteia os ouvintes com uma entrevista a uma “ativista” espanhola pela habitação em direto da Gran Via…

Não fiquei surpreso, mas tive pena, tenho muita pena que o Observador, que assino desde a primeira hora por causa da seção de "Opinião" e de alguns seus principais diretores, que prometia ser diferente, mostre tanta dificuldade a distinguir-se do restante jornalismo, sempre inclinado à esquerda, caixa de ressonância do “pensamento obrigatório” progressista.

Pela minha parte, estou certo de que por este país fora e àquela hora haveria bastantes acontecimentos de interesse público para noticiar, quem sabe até com um “direto”.